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ARTIGO

Publicado no jornal Estado S. Paulo, Caderno 2.; São Paulo, 12.10.2021

Dez motivos para se encantar

Algumas razões que fazem da grande exposição no Parque do Ibirapuera uma experiência transformadora.

Acabo de vir da Bienal “Faz escuro, mas eu canto”. Talvez, a melhor das que vi. E por quê?

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Publicado no Blog da Alexa Acher. Rio de Janeiro, 1.03.2021

"Não adianta", Adianta sim!​

Sergio Buarque, o escritor e pai do Chico, em seu livro Raízes do Brasil, de 1936, cita a percepção de um escritor inglês que caracterizaria o Brasil: “Sempre este significativo abandono que exprime a palavra “desleixo”— palavra que o escritor Aubrey Bell considerou tão tipicamente portuguesa como “saudade” e que, no seu entender, implica menos falta de energia do que uma íntima convicção de que “não vale a pena…” [...]

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Publicado no jornal O Globo, Opinião. Rio de Janeiro, 6.03.2021

A caminho de virar uma Coreia do Norte

Há países que se trancam por dentro para fora, como a Coreia do Norte. Há países que terminam por ser trancados de fora para dentro. É o caso do Brasil.

O discurso de nosso chanceler de que valia a pena sermos “párias” no mundo está produzindo resultados. Não se trata apenas de repetir aqui o que economistas e setores médicos vêm repetindo ad nauseam: sem vacina, nada vai andar. Sem vacina, sem planejamento, sem logística, sem vontade política, o país padece na educação, na habitação, no saneamento, na infraestrutura, na saúde. [...]

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Publicado no jornal O Globo, Opinião. Rio de Janeiro, 24.08.2019

Prêmio Nobel para um índio que protege a Amazônia

Raoni é um cacique caiapó. Um brasileiro autêntico. Brasileiro é o único gentílico de nome que se assemelha a uma profissão: aquele que carrega o pau-brasil às costas. Hoje, não há mais pau-brasil. Amanhã, pode não haver mais Amazônia.

Uma proposta está sendo avivada, com apoio da Fundação Darcy Ribeiro, para que o Brasil, finalmente, consiga um Nobel. O Nobel da Paz para Raoni, 89 anos, que fez da luta pela Amazônia a razão de ser de sua vida [...]


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Texto publicado no catálogo da exposição "A Festa Brasileira", CRAB. Rio de Janeiro, 2018

A Festa do Corpo

Ritmo, sensualidade, o vigor da natureza, aromas e sabores intensos, o movimento singular do corpo, o sincretismo religioso... são traços culturais que caracterizam o povo brasileiro.

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Publicado no jornal O Globo, Opinião. Rio de Janeiro, 20.02.2018

Vingança contra a cidade

Apresento uma tese ou hipótese: o fato de o Prefeito ter abandonado a cidade foi a senha que desatou, em todas as classes sociais, um demônio dentro, que estava semiadormecido. Foi quase um ato, inconsciente e inconsequente, de “vingança” ao Prefeito. E, por extensão à cidade.

A cidade não foi apenas vítima de arrastões; a cidade foi toda arrastada, devastada.[...]

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Publicado no jornal O Globo, Cultura. Rio de Janeiro, 16.11.2017

Frans Krajcberg: A floresta e a arte estão de luto

Krajcberg nasceu em 1921. Ouvi Krajcberg dizer que ele seria o último sobrevivente com este sobrenome no mundo. Possivelmente, sim. Sua família foi dizimada na Segunda Guerra Mundial, durante o massacre nazista. Ele decidiu não ter filhos. Deixará como legado milhares de troncos calcinados, pintados em urucum vermelho, contorcidos pela assimetria ou pelo acaso que marcam a natureza (e transformados, por sua mão faber, em obras de arte). Deixará também moldagens em relevos e fotografias de galhos, flores e queimadas – espécie de acervo bruto de onde nasce sua obra escultórica. [...]

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Publicado no jornal O Globo, Opinião. Rio de Janeiro, 31.08.2017

Um modelo sem sentido na Amazônia​

Um homem e um país podem cometer suicído? Podem. No mesmo dia do suicídio de Vargas, 24 de agosto, o Diário Oficial da União publicou decreto do Executivo extinguindo, na Amazônia, a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), criada em 1984 pelo presidente Figueiredo. A area de 47 mil km2 tem o tamanho do estado do Espírito Santo ou mais de duas vezes o tamanho de Israel. [...]

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Texto para a exposição de Nana Moraes no Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro, 2017

Exposição “Ausências” de Nana Moraes

Nana é uma figura miúda, magra, cabelos curtos, um olhar cândido embora contundente. Ela poderia ser confundida com uma prisioneira. Alguém que sofreu na carne e no espírito as torturas e agrumes desta vida. No entanto, Nana não cometeu crime algum. [...]

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Publicado no site da revista Veja. Rio de Janeiro, 2014

A revelação do avesso de Ferreira Gullar

Gullar resolveu se revelar ao avesso em 60 obras diferentes, que ele acaba de inventar (com a colaboração de seu gato!) e que pularam do papel para o aço.

Você já acordou com o seu avesso revelado? Pois é; eu acordei. E continuo acordando há décadas, me revendo pelo avesso. A primeira vez foi, talvez, quando ouvi o poeta e crítico Gullar dizer que “nós somos o imaginário daquilo que imaginamos que somos”. [...]

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Publicado no jornal O Globo, Opinião. Rio de Janeiro, 27.08.2013

O que o museu tem a ver com educação?

Essa pergunta do ministro da Educação, Aloízio Mercadante, na imprensa e repercutida na Coluna do Noblat; (3/06/2013) do O Globo, merece algumas ponderações. Faço uma dezena delas:
1. Museu é lugar para se entrar de corpo inteiro, tridimensionalmente, com todos os sentidos despertos. Cada obra de arte ou objeto exposto nos convida a olhá-lo, a partilhar dele, a se entregar a ele. Esse é o caminho da educação de qualidade: permitir que a vida nos invada e que o objeto inanimado ganhe um vislumbre novo, a cada dia, em cada visita.[...]

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Publicado no jornal O Globo, 07/12/2012

O que Oscar nos ensinou

Depois que Galileu provou que Epuor si muove, Oscar nos ensinou que a beleza é leve (como no verso de Gullar) e se move diante do olhar. Cada obra é uma escultura tridimensional, visível de ângulos distintos, de fora, e embebida de rotação de vida, de dentro. A arquitetura é o lugar para deixar a nuvem entrar, em meio aos pilotis, como no prédio do Ministério da Educação.

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Texto de Francisco Carlos Teixeira da Silva, publicado no livro "Jean Manzon: retrato vivo da grande aventura", Aprazível Edições, 2007.

JEAN MANZON por Francisco Carlos Teixeira da Silva

Foi pelas lentes de uma Leica, máquina fotográfica alemã, que o francês Jean Manzon revelou, nas páginas de O Cruzeiro, como o Brasil deixou de ser o país “essencialmente agrícola” para se descobrir uma nação moderna, industrializada e urbana. Em menos de trinta anos o atraso foi atropelado por um conjunto de transformações inéditas em nossa História e, possivelmente, sem comparação no mundo contemporâneo.

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