EXPERIÊNCIA
COMO CURADOR DE EXPOSIÇÕES
E DIRETOR DE MUSEUS
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E DIRETOR DE MUSEUS
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COMO CURADOR DE EXPOSIÇÕES
E DIRETOR DE MUSEUS
TRABALHOS DE CURADORIA
EXPOSIÇÕES E MUSEUS
EXPERIÊNCIA
Publicado no Blog da Alexa Acher. Rio de Janeiro, 1.03.2021
"Não adianta", Adianta sim!
Sergio Buarque, o escritor e pai do Chico, em seu livro Raízes do Brasil, de 1936, cita a percepção de um escritor inglês que caracterizaria o Brasil: “Sempre este significativo abandono que exprime a palavra “desleixo”— palavra que o escritor Aubrey Bell considerou tão tipicamente portuguesa como “saudade” e que, no seu entender, implica menos falta de energia do que uma íntima convicção de que “não vale a pena…” [...]
Publicado no jornal O Globo, Opinião. Rio de Janeiro, 6.03.2021
A caminho de virar uma Coreia do Norte
Há países que se trancam por dentro para fora, como a Coreia do Norte. Há países que terminam por ser trancados de fora para dentro. É o caso do Brasil.
O discurso de nosso chanceler de que valia a pena sermos “párias” no mundo está produzindo resultados. Não se trata apenas de repetir aqui o que economistas e setores médicos vêm repetindo ad nauseam: sem vacina, nada vai andar. Sem vacina, sem planejamento, sem logística, sem vontade política, o país padece na educação, na habitação, no saneamento, na infraestrutura, na saúde. [...]
Publicado no jornal O Globo, Opinião. Rio de Janeiro, 24.08.2019
Prêmio Nobel para um índio que protege a Amazônia
Raoni é um cacique caiapó. Um brasileiro autêntico. Brasileiro é o único gentílico de nome que se assemelha a uma profissão: aquele que carrega o pau-brasil às costas. Hoje, não há mais pau-brasil. Amanhã, pode não haver mais Amazônia.
Uma proposta está sendo avivada, com apoio da Fundação Darcy Ribeiro, para que o Brasil, finalmente, consiga um Nobel. O Nobel da Paz para Raoni, 89 anos, que fez da luta pela Amazônia a razão de ser de sua vida [...]
Publicado no jornal O Globo, Opinião. Rio de Janeiro, 20.02.2018
Vingança contra a cidade
Apresento uma tese ou hipótese: o fato de o Prefeito ter abandonado a cidade foi a senha que desatou, em todas as classes sociais, um demônio dentro, que estava semiadormecido. Foi quase um ato, inconsciente e inconsequente, de “vingança” ao Prefeito. E, por extensão à cidade.
A cidade não foi apenas vítima de arrastões; a cidade foi toda arrastada, devastada.[...]
Publicado no jornal O Globo, Cultura. Rio de Janeiro, 16.11.2017
Frans Krajcberg: A floresta e a arte estão de luto
Krajcberg nasceu em 1921. Ouvi Krajcberg dizer que ele seria o último sobrevivente com este sobrenome no mundo. Possivelmente, sim. Sua família foi dizimada na Segunda Guerra Mundial, durante o massacre nazista. Ele decidiu não ter filhos. Deixará como legado milhares de troncos calcinados, pintados em urucum vermelho, contorcidos pela assimetria ou pelo acaso que marcam a natureza (e transformados, por sua mão faber, em obras de arte). Deixará também moldagens em relevos e fotografias de galhos, flores e queimadas – espécie de acervo bruto de onde nasce sua obra escultórica. [...]
Publicado no jornal O Globo, Opinião. Rio de Janeiro, 31.08.2017
Um modelo sem sentido na Amazônia
Um homem e um país podem cometer suicído? Podem. No mesmo dia do suicídio de Vargas, 24 de agosto, o Diário Oficial da União publicou decreto do Executivo extinguindo, na Amazônia, a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), criada em 1984 pelo presidente Figueiredo. A area de 47 mil km2 tem o tamanho do estado do Espírito Santo ou mais de duas vezes o tamanho de Israel. [...]
Texto para a exposição de Nana Moraes no Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro, 2017
Exposição “Ausências” de Nana Moraes
Nana é uma figura miúda, magra, cabelos curtos, um olhar cândido embora contundente. Ela poderia ser confundida com uma prisioneira. Alguém que sofreu na carne e no espírito as torturas e agrumes desta vida. No entanto, Nana não cometeu crime algum. [...]
Publicado no site da revista Veja. Rio de Janeiro, 2014
A revelação do avesso de Ferreira Gullar
Gullar resolveu se revelar ao avesso em 60 obras diferentes, que ele acaba de inventar (com a colaboração de seu gato!) e que pularam do papel para o aço.
Você já acordou com o seu avesso revelado? Pois é; eu acordei. E continuo acordando há décadas, me revendo pelo avesso. A primeira vez foi, talvez, quando ouvi o poeta e crítico Gullar dizer que “nós somos o imaginário daquilo que imaginamos que somos”. [...]
Publicado no jornal O Globo, Opinião. Rio de Janeiro, 27.08.2013
O que o museu tem a ver com educação?
Essa pergunta do ministro da Educação, Aloízio Mercadante, na imprensa e repercutida na Coluna do Noblat; (3/06/2013) do O Globo, merece algumas ponderações. Faço uma dezena delas:
1. Museu é lugar para se entrar de corpo inteiro, tridimensionalmente, com todos os sentidos despertos. Cada obra de arte ou objeto exposto nos convida a olhá-lo, a partilhar dele, a se entregar a ele. Esse é o caminho da educação de qualidade: permitir que a vida nos invada e que o objeto inanimado ganhe um vislumbre novo, a cada dia, em cada visita.[...]
Publicado no jornal O Globo, 07/12/2012
O que Oscar nos ensinou
Depois que Galileu provou que Epuor si muove, Oscar nos ensinou que a beleza é leve (como no verso de Gullar) e se move diante do olhar. Cada obra é uma escultura tridimensional, visível de ângulos distintos, de fora, e embebida de rotação de vida, de dentro. A arquitetura é o lugar para deixar a nuvem entrar, em meio aos pilotis, como no prédio do Ministério da Educação.